quinta-feira, 27 de novembro de 2008

´"Os Viralata" - literatura independente

Bom... o meu colega aqui, o Abuveopzi (é assim que escreve? Rs...) já andou falando sobre esse assunto em alguns comentários do blog. Atualmente o escritor não precisa mais de uma "editora tradicional". Há vida fora das editoras. Há até mesmo como imprimir o seu livro em uma gráfica, mas aí não haverá como proteger os Direitos Autorais. A não ser que você mesmo faça seu registro na Biblioteca Nacional, etc.

Há também as editoras sob demanda, que foi o recurso que utilizei. A um valor razoável, eles publicam o livro pra você e, dependendo do caso, registram na Biblioteca Nacional e te geram um ISBN, ou seja, um cadastro internacional que todos os livros levam.

Bem. O difícil é vender. Livro no Brasil é uma beleza, né... com TV, internet e tudo o mais, o que o povo menos quer fazer é gastar suas preciosas horas de fofoca e novela lendo algum texto difícil demais para suas mentes adestradas a seguir o "cabresto" compreenderem. A não ser que seja um livrinhu de bobeirol, tipo o da Bruna Surfistinha.

Literatura DE FATO virou mito no Brasil. Poucos que escrevem e publicam são Escritores. Com "E" maiúsculo. Daí, o que ocorre? A mídia só publica o que vende. Ou seja: extensão das "historinhas" da novela ou do programa de fofoca. Tanto que tiragem grande mesmo, de livro no Brasil, é 1000 exemplares. Só passam disso os realmente "famosos".

E como ficam os Escritores de fato? Sem muita opção, claro. Muitos publicam independentemente, mas e vender que é bom? E quando o círculo de amizades todo já tiver comprado o livro, vender pra quem?

Uma alternativa é o site "Os Viralata" que divulga literatura onde o próprio autor se bancou pra publicar o livro. Em breve estarei lá com meu livro:

www.osviralata.com.br

O site está passando por alguns problemas, JUSTAMENTE porque Literatura de verdade no Brasil sofre pra se firmar. Mas quero, de todo o coração, que ainda haja uma "ilha" salva dessas "modinhas vendáveis" que há por aí. Portanto, peço a vocês: visitem o site! Comprem algo se gostarem. Quem sabe ainda podemos fazer Literatura com "L" maiúsculo neste país, mesmo que a poucos...

2 comentários:

Abuveopzi disse...

Sim, é Abuveopzi mesmo rsrsrs.
Bom, eu creio que o melhor à se fazer é registrar pessoalmente o livro na Biblioteca Nacional.
Digo isto pois além de ser mais seguro, já que os envolvidos serão apenas você e os funcionários que irão registrar o livro na Biblioteca Nacional, te dará também a possibilidade de depois pensar em como irá distribuir esse livro.
Pode ser da forma "tradicional", sobre demanda, e-book, impresso em gráfica, e porque não impresso em casa?
Digo em casa, desde que a pessoa possua um equipamento de qualidade, possua conhecimento em programas para criar a identidade visual do livro, etc.
Hoje em dia a realidade de se imprimir um livro em casa com qualidade é real, desde que o próprio autor faça isso, pois no final das contas, ele ficará com quase todo o dinheiro, tirando apenas o material.
Creio que o livro não vá ficar com o mesmo aspecto de um livro de editora, mas o lucro do autor será maior.
Ai ele pode pensar em vender por mercado livre, ou até mesmo abrir sua própria lojinha, se tiver conhecimento técnico para isso.
No caso de E-Books é ainda mais simples, já que a distribuição será por download, o que economiza com impressão e pode-se repassar a economia para o comprador, vendendo o livro mais barato.
Pode parecer meio maluco e inviável, mas já existem pessoas distribuindo por E-Book, e tem dado certo, a versão impressa domesticamente (desde que com qualidade) também deve dar certo.
É aquela história, quando pensaram em lançar livros sem depender de editoras tradicionais todos devem ter dado risada e dito que era impossível, e hoje sabemos que não é, pode ser desafiante, mas não é impossível.
Em resumo, quanto mais você passar funções para outra pessoa desenvolver, menos será o lucro, ainda que o trabalho seja menor também.
E tendo lucro maior dá para investir em publicidade virtual, que é muito mais barato que a tradicional. Pode-se comprar links patrocinados no Google, pode-se contratar um serviço de "e-mail marketing" enviando a propaganda para um público alvo que você pensa que tem grandes chances de curtir a sinopse do livro, e por ai vai. Fora a propaganda gratuita, que pode ser feita usando uma assinatura que leve para uma página falando do seu livro e sair por ai em blogs e fóruns de temas relacionados comentando e com isso permitindo que curiosos cliquem na sua assinatura e visitem a página do livro.
Não devemos duvidar do poder da internet para vender nossos produtos, o Google virou uma potência assim, não duvidando do potencial da internet, e o mais interessante, dando diversos serviços, tudo de graça rsrsrs.
Tendo estratégia, dá para viver muito bem sem editoras, hoje em dia todo mundo está na internet, então você tem acesso à todas as pessoas que são compradores potenciais do livro, seja em comunidades, fóruns, blogs, e por ai vai.
E falando em blog, tem gente vivendo de blogs, tirando R$ 1000,00, R$ 2000,00 e com sorte até R$ 4000,00. Claro, com blogs grandes e/ou vários blogs, e de preferência em inglês. E é preciso conhecimento em informática, marketing e SEO.
Sei que muito do que falei aqui parece loucura, ou pelo menos ousadia d+, mas eu creio que se não se ousar, fica-se dependendo dos métodos tradicionais para sempre, e talvez não consiga divulgar a obra. É preciso lembrar que quando alguém pensou em escrever livros e distribuir da forma independente que conhecemos hoje, também foi ousado, também deve ter parecido loucura aos olhos dos escritores dá época, mas deu certo.
Como diz o ditado: "É tão louco que pode dar certo" rsrsrs...
:)

PS: desculpe-me se o comentário tiver erros de Português, escrevi correndo e não revisei.
:)

Abuveopzi disse...

Ah, e quando eu digo fazer o processo de impressão em casa, eu digo usando sistema de Bulk-Ink e/ou Toners Genéricos...
Se não for assim, fica financeiramente inviável...
E como falei, tem como deixar um material impresso em casa mais ou menos com cara de livro, mas claro que não fica a mesma coisa...
E pode-se por exemplo terceirizar apenas a impressão das capas em uma gráfica, imprimindo o livro em casa, usando toners genéricos e bulk-ink, como falei antes, senão não compensará...