quinta-feira, 13 de maio de 2010

Depois de quinhentos anos...

...voltei a postar.

Nesse um ano e uns meses sem vir, muita água rolou, muita coisa aconteceu. Não tenho muito saco mesmo pra levar um blog adiante... rsssss...

Porém, quero ver se volto com este. É uma ferramenta útil pra se falar na internet, embora demande um pouco de trabalho para conseguir seguidores e leitores fiéis... rs...

De qualquer modo, tamos aí. Amanhã vou ver se posto algo de mais interessante do que simplesmente uma mensagem de "voltei".

Abraços!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Idade?

às vezes eu sinto que voltamos pra Idade da pedra. Com a diferença de que temos eletricidade, computador, internet e todas as outras "mordomias". Mas a mentalidade das pessoas tá um saco!

Outro dia conversaram com meu professor de espanhol e perguntaram quantos anos ele tem. E ele respondeu: trinta.

O povo: tudo isso???

Mas cazzo!! Pra mim trinta anos ainda está tão jovem! Acho que nem na Idade Média a pessoa era velha com 30 anos...

Lembro também de uma moça que se descabelava por ter 23 anos. Isso mesmo, 23!! Ela dizia: daqui há pouco tô com 30!

Na época eu tinha 19, e hoje eu é que tenho 23. Será que esta moça, aos 27, está se sentindo uma velha de 90?

Aliás, conheço senhores e senhoras de 80/90 anos mais "jovens" do que ela. Será que o povo acha que a vida é tão curta, que todo mundo morre ou fica no ostracismo depois dos 30?

Madonna vende quilos de músicas com mais de 50 anos. Por que então o pessoal se descabela?

Não quero aqui dizer que idade é "da cabeça". Não; um dia ela chega sim. Um dia você vai ter 40, 50, 60 anos e vai se sentir mais velho, menos disposto a algumas coisas. Um senhor de 70 anos já não pode correr numa maratona de 10 quilômetros. Mas será que por isso a vida acabou? Será que por ser menos produtivo num ponto, não pode ser em outro?

A idade chega, sim. E eu não digo para não aceitá-la. Mas ficar achando que aos 30 anos se é velho já é sacanagem!!

E mesmo quando a pessoa já tem uma idade mais avançada mesmo; todos chegam nela ou morrem antes. Conheci senhores de 70 anos que faziam trilha ecológica. Subindo mais devagar, andando mais devagar, mas faziam. E se davam muito bem. Aproveitavam a aposentadoria com um sorriso no rosto, depois de uma vida inteira de trabalho.

E também o recorde do Guinness Book da pessoa que mais trabalhou em anos de carreira é de um velhinho de mais de 100 anos. Ele AINDA trabalha.

E se querem saber, eu aos 23 anos a serem feitos dia 8 agora não corro nem 500 metros. E nunca corri. Ou seja: se deixar um senhor de 70 anos corre mais do que eu sempre corri...

Também penso que ser "jovem" ou ser "velho", hoje em dia, não tem mais tanta diferença; numa sociedade onde a pessoa pode trabalhar mesmo que de maneira autônoma até; pode sair (uma amiga minha vai pra balada com a mãe... e essa mãe deve ter quase 50 anos, seguramente), a maneira de se vestir dos jovens e dos mais velhos não muda quase; onde a saúde e a expectativa de vida aumentaram grandemente, POR QUE as pessoas ainda têm neuras ao chegar aos 30/40 anos?

Acho que isso se traduz em medo da morte. As pessoas acham que o tempo passar é sinônimo de proximidade de morrer. Mas já que vamos todos um dia mesmo... desperdiçar tempo em neuras com idade ou se perguntado como/quando vamos, é mais perda de tempo ainda! É um paradoxo! Isso sem contar que muitos morrem jovens, ou seja: idade por si só não aumenta as chances de morte de ninguém.

Puta que pariu hein...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Terceirização até nos relacionamentos?

É sabido que terceirizamos as nossas coisas. O dinheiro é uma "terceirização" do podr; forma rudimentar de burocratizar o que podemos ter ou dar.

Só que as pessoas tão terceirizando tudo. Mandando recado pra um e pra outro só pra não "se dar ao trabalho" de ter contato com o outro.

Pergunto pos alunos: algum problema? E eles: não. Chega na prova, tiram nota ruim.

Pior é quando fingem gostar da gente mas pra mae fazem a caveira. E a mãe passa pro diretor, que passa pro kct, que passa pra mim. Affe!!!

As pessoas não têm coragem de falar na cara mais?? Parece que virou crime!!

E eu digo: melhor me xingar logo do que ficar com cu doce e passar magoazinha pra outros. Ficar fofocando, titizando.

Affe!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Cadê a dignidade?

Daí eu começo a pensar: se o ser humano começar a ser tratado como escravo ou sub-humano por muito tempo, será que ele se acomodará com esta sua condição? Como se ela sempre fosse desse jeito, ou pior... como se fosse certo que ela fosse desse jeito?

Exemplos. Um Fulano que diz ainda estar no Ensino Médio começou a questionar o que seria um bom professor, na comunidade "PROFISSÃO PROFESSOR(A). E eu, pensando que ia achar umas coisas absurdas como professores xingando alunos ou batendo neles, achei isto, dentre outras coisas:


"Ela chega, manda abrir o livro em tal capítulo, lê-lo e fazer as atividades propostas no fim deste. A correção é feita pela leitura em voz alta que ela faz do Manual do Professor;"

Ele usou isso como um parâmetro de "ruindade" ou "rigidez demais" da parte da professora.

CARA!! Se corrigir exercício ditando é ser má, não imagino o que seja ser boa!!

Afinal... professor por tudo é mau? Professor não merece ser tratado com o mínimo de respeito? Professor só deve doar e nada exigir, pra não ser considerado "chato"?

Sério, não entendo. E tem professor que concorda com essas merdas.

VÃO TODOS TOMAR NO CU!!

Falei.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

E quem disse que semântica não é importante?

As aulas voltaram e, bem, já que eu uso mais esse blog pra esabafar, creio que agora ele vai ficar mais ativo... rs.

Outro dia vieram reclamar, dizendo que eu estava sendo grossa com um aluno. Mas poxa, eu nunca tive nenhuma reclamação desse tipo depois do Estado! O Estado é outra história...

Fui ver, estavam reclamando porque na hora de passar umas frases em inglês pros alunos, eu falava "Como é que é?". Só que... o devido aluno entendeu que era "como é que é" no sentido de pressão.

E eu falava "Como é que é?" no sentido de "O que significa?"

Ou seja: aulas de semântica (SÉRIAS) nas grades escolares, hein...

PS: pior que pai ou aluno nem vieram reclamar pra mim... fui saber por outros. Rs!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Trabalhos não tão valorizados assim

Outro dia conversei com uma senhora que trabalha em feira de artesanato. E na confiança ela me mostrou quanto tem ganhado: só no dia primeiro de janeiro, 400 reais. E isso porque já houve anos em que ela ganhou 800 reais num único dia de temporada alta...

Em suma: nos primeiros quatro dias do ano, ganhou mais de 1000 reais. Na boa, quantos trabalhadores assalariados não conhecemos que ganham menos do que isso num mês inteiro de trabalho?

A mesma coisa quando ela falou sobre um conhecido seu que largou a docência (dar aulas) para vender lingerie. Ele ganha mais com essa tenda (isso mesmo, tenda; não é loja) de lingerie do que quando dava aulas: cerca de 2000 reais líquidos por mês.

E pra vender lingerie não precisa de faculdade, não precisa aturar falta de educação do filho dos outros... e dependendo do movimento, menos horas de trabalho são necessárias.

Moral da história: a satisfação plena parece estar justamente fora desse "mercado de trabalho", estressande e estafante, que conhecemos como "mainstream" das atividades financeiras. Orra! Na verdade ser um trabalhador assalariado, mesmo nos dias de hoje, com os direitos todos, ainda equivale àquela frase que postei aqui outro dia: "Os escravos servirão".

Por isso que estou pensando seriamente em ser autônoma neste ano...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Rio 40 graus...

...cidade-maravilha purgatório da beleza e do caos.

Pois é, sem querer usar bordão dos outros e já usando: é isso mesmo que o Rio de Janeiro é. Ao menos em minha viagem foi isso que pude constatar.

Bem, assim que cheguei ao Rio senti uma atmosfera hostil. Talvez tenha sido a impressão que uma cidade completamente nova, e eu completamente sozinha, tenha me causado. No entanto, sei lá... até os próprios cariocas (não todos; alguns) falam toda hora em tiroteio, bala perdida e o famoso "microondas" (método de tortura usado pelos traficantes para queimar vivos os que lhes devem ou ameaçam). Poxa... e a cidade é muito bonita.

É sério, a praia da minha cidade não é tão bonita quanto as do Rio. Há muita coisa histórica, formada... e que de repente parece estar sendo engolida pelo tráfico e pela violência.

Voltei inteira do Rio. Não fui assaltada. Não fui abordada por mais do que mendigos pedindo um real. Mas a cidade não deixa de ter um ar de "medo". Medo pelo medo em si.

Caracas, será que precisava ser assim?!